Enquanto nos meios artístico-acadêmicos a polêmica processo-produto mobiliza teses, trabalhos e algumas verbas, no contato com a educação e o ensino de arte, ela ainda gera mais resultados discutíveis do que discussão.
Rosa nasceu, foi cuspida no mundo do espaço tempo.
Seus pais a acolheram com sua pele cheia de carinho, fizeram um ninho de corpos quentes e zelosos.
Rosa lembra pele de rosa, branca, rosa, vermelha ou a cor que criamos ao pensar na rosa flor.
Natural de Lima, Peru / 1953 Bailarina, coreografa e pedagoga independente de Dança-Teatro. Fundadora e Co-Directora da Escola de Dança "Pata de Cabra" desde 1998. Diretora do "Laboratorio", espacio de investigação, desde 2002. Diretora da "Especialidade em Dança y Movimento" da Faculdade de Artes Escênicas da Universidade Católica do Peru, 2003 |
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Um dos aspectos que mais me chama a atenção em Correntes e Naufrágios, trabalho de Paola Rettore e Rodrigo Campos que faz parte do projeto Pequenas Navegações, é a capacidade que ele tem de mobilizar e sensibilizar a plateia: pode-se dizer que ninguém fica indiferente ou imune à sequência de cenas propostas na apresentação. De minha parte, não tomei a comoção causada apenas como simples reação confinada ao nível subjetivo, pessoal, como tampouco contentei-me com a observação genérica e imprecisa de que o espetáculo tem um corte “dramático”. Por isso tento compreender tal comoção de forma mais ampliada: assim como o segredo da catarse provocada nas encenações das tragédias gregas encontrava-se na imbricação especular de personagens, situação sócio-cultural e plateia, parece-me que, guardadas as devidas proporções, o segredo da comoção deflagrada por Correntes e Naufrágios deve ser buscado nos elementos da construção que expressam algo da situação contemporânea como um todo.